Câmara Federal

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A sessão legislativa desta terça-feira (18.03) na Câmara dos Deputados foi marcada por um embate acalorado entre parlamentares governistas e da oposição. O estopim foi a polêmica envolvendo declarações do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que foi acusado de proferir falas machistas em discursos recentes.

O deputado Tadeu Veneri (PT-PR) criticou duramente Gayer e desafiou-o a se manifestar publicamente sobre suas declarações. "É inaceitável que em pleno 2025 tenhamos parlamentares reproduzindo discursos ofensivos contra as mulheres. Essa Casa precisa dar o exemplo. Se ele tem coragem para falar lá fora, deveria ter coragem para falar aqui dentro e sustentar suas palavras", afirmou Veneri.

A fala gerou reação imediata do deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), que rebateu afirmando que o ex-presidente Lula também tem um histórico de falas machistas. "Vamos lembrar que o próprio presidente já fez declarações questionáveis. Mas, quando é alguém da esquerda, nada acontece. O que estamos vendo aqui é pura hipocrisia", disse Stephanes.

O deputado Gustavo Gayer, alvo das críticas, respondeu alegando que suas falas foram retiradas de contexto e que estava sendo alvo de perseguição política. "Querem censurar qualquer um que não repita a cartilha progressista. Eu defendo a liberdade de expressão e continuarei falando o que penso", afirmou.

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) interveio no debate e reforçou as críticas a Gayer. "Liberdade de expressão não é licença para ofender. O que vimos aqui foi um ataque direto às mulheres e isso não pode ser tolerado", declarou.

A discussão elevou o tom entre os parlamentares, com acusações mútuas de hipocrisia e tentativa de censura. O presidente da sessão interveio para acalmar os ânimos, mas o tema continuou reverberando nos corredores da Câmara.

 

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