Foto: Alan Santos | PR

Cid fraudou cartão de vacina do ex-presidente e de sua filha, Laura Bolsonaro

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou, em sua delação premiada, que recebeu ordens do ex-presidente para inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19.

Cid revelou que a ordem de Bolsonaro foi dada depois que o ex-presidente teve conhecimento de que seu ajudante de ordens havia conseguido, para si próprio e sua família, cartões de vacinação, por meio da inserção de dados falsos no sistema Conecte SUS, em 2021.

Conforme ele, o objetivo de Bolsonaro era conseguir certificados de vacinação fraudulentos em seu nome e no de sua filha, Laura Bolsonaro, 12 anos, sendo que na época eles não haviam se imunizado contra a doença.

Contudo, o ex-assessor de Jair Bolsonaro, o coronel Marcelo Costa Câmara, teria rasgado os cartões de vacinas falsificados e solicitado que Cid desfizesse o procedimento no sistema Conecte SUS.

“Que o colaborador confirma que pediu os cartões do ex-presidente e sua filha Laura Bolsonaro sob determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e que imprimiu os certificados. Que solicitou a inserção de dados no sistema CONECTE SUS de sua esposa, filhas, ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua filha, Laura Bolsonaro. Que o objetivo era obter os cartões vacina para qualquer necessidade; Que o colaborador imprimiu os certificados de vacina e entregou em mãos para o ex-Presidente Jair Bolsonaro; Que o Coronel Gamara ficou sabendo dos fatos, rasgou os certificados do ex-presidente e sua filha Laura Bolsonaro e solicitou, que o colaborador desfizesse as inserções”, diz trecho da delação.

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