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Geral Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025, 12:29 - A | A

Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025, 12h:29 - A | A

DELAÇÃO

Cartão corporativo bancava gastos com motociatas, revela Mauro Cid

Ex-ajudante de ordens também detalhou pagamentos de Michelle Bolsonaro

Edina Araújo/Fatos de Brasília

Novas revelações sobre o uso do cartão corporativo da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro trouxeram à tona uma série de gastos custeados com recursos públicos. Segundo depoimentos recentes, despesas com hospedagem de equipes de segurança, ministros e aliados em eventos como motociatas, além da alimentação desses grupos, teriam sido pagas com o cartão.

Um dos pontos que mais chamou a atenção foi a compra de motocicletas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), supostamente para que a equipe pudesse acompanhar o ritmo do então presidente nas motociatas promovidas pelo país. De acordo com os relatos, essas aquisições também teriam sido feitas com o cartão corporativo.

Outro aspecto revelado nos depoimentos envolve a gestão financeira de Bolsonaro. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, afirmou que era responsável por administrar pagamentos pessoais e chegou a ter posse da senha do cartão corporativo. Cid relatou que, para facilitar a vida de Bolsonaro, realizava saques das contas pessoais do ex-presidente e efetuava pagamentos de despesas corriqueiras, como contas de água, luz e condomínio.

Os depoimentos também indicam que Cid era responsável por atender pedidos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Mensagens apontam que ele frequentemente sacava valores entre R$ 300 e R$ 400 para cobrir despesas diárias, atendendo a solicitações da assessoria de Michelle.

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Essas revelações impactam a imagem do ex-presidente, especialmente entre setores da sociedade que esperavam maior transparência na administração dos recursos públicos. No entanto, analistas avaliam que o eleitorado mais fiel a Bolsonaro tende a minimizar a gravidade das denúncias, acreditando que ele é alvo de perseguição política.

Já entre os eleitores de centro, que apoiaram Bolsonaro em 2018, mas se distanciaram em 2022, o impacto pode ser mais significativo. Para especialistas, esse segmento da população pode enxergar nas denúncias um motivo para reforçar a rejeição ao ex-presidente.

Enquanto isso, a estratégia bolsonarista parece focada em transformar o ex-presidente em um grande cabo eleitoral, minimizando os efeitos das denúncias e mantendo sua influência política ativa. O desenrolar das investigações e a percepção popular sobre os fatos ainda podem moldar o cenário político nos próximos meses.

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