22 de Fevereiro de 2025.

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Geral Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025, 11:52 - A | A

Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025, 11h:52 - A | A

DELAÇÃO BOMBÁSTICA

Mauro Cid expõe bastidores polêmicos e planos golpistas em delação ao STF

Desde 2023, Mauro Cid prestou um total de 14 depoimentos, a maioria deles à Polícia Federal

Edina Araújo/Fatos de Brasília

Em sua delação premiada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, trouxe à tona uma série de revelações que podem comprometer figuras importantes do governo anterior. O depoimento, colhido pelo ministro Alexandre de Moraes e por um desembargador que atuou como juiz auxiliar em seu gabinete, ocorreu após a Polícia Federal suspeitar que Cid havia omitido informações em investigações anteriores.

Desde 2023, Mauro Cid prestou um total de 14 depoimentos, a maioria deles à Polícia Federal, dois ao STF e outros dois em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso Nacional e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Entre as informações mais relevantes da delação, Cid confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha ciência da situação das eleições de 2022 e que houve discussões sobre a possibilidade de convocação de um novo pleito naquele ano. Ele também revelou que o jurista Amauri Saad participou de reuniões com Bolsonaro para embasar juridicamente a chamada “minuta do golpe”.

Outra declaração impactante de Cid envolve Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, que, segundo ele, ditava publicações no chamado “gabinete do ódio”. Cid também relatou que Bolsonaro solicitou pessoalmente a confecção de uma carteira de vacinação para si próprio, em meio às medidas restritivas impostas durante a pandemia de COVID-19.

Além disso, Mauro Cid citou episódios envolvendo figuras como o ex-deputado Daniel Silveira e o senador Marcos do Val. Segundo ele, do Val teria recebido orientação para grampear o ministro Alexandre de Moraes, uma ordem que, de acordo com o senador, teria partido do próprio Jair Bolsonaro. Cid afirmou ainda que Bolsonaro, ao tomar conhecimento do pedido, decidiu não mais receber Daniel Silveira em encontros futuros.

Em um dos trechos mais reveladores, Cid relatou que, durante a saída da família Bolsonaro do Palácio da Alvorada, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ficou bastante irritada e chegou a pedir que algo fosse feito em resposta à situação política e às pressões enfrentadas.

A delação também trouxe detalhes sobre as mobilizações promovidas por Bolsonaro, como passeios de motocicleta e discursos de tom negacionista em relação às vacinas. Segundo Cid, essas manifestações ajudaram a consolidar uma base de apoiadores que acreditavam em informações falsas e teorias conspiratórias.

As declarações de Mauro Cid ganham ainda mais relevância por trazerem novos elementos ao curso das investigações e por esclarecerem episódios que envolvem possíveis atos antidemocráticos e indícios de interferência no processo eleitoral de 2022.

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