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Senado Terça-feira, 25 de Março de 2025, 15:11 - A | A

Terça-feira, 25 de Março de 2025, 15h:11 - A | A

JULGAMENTO NO STF

Deputado Luiz Couto: “Bolsonaro não é político, é líder de golpe contra a democracia”

Durante discurso na Câmara, parlamentar do PT defende responsabilização do ex-presidente e aliados

Rojane Marta/Fatos de Brasília

O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) utilizou a tribuna da Câmara Federal, na tarde desta terça-feira (25.03), para criticar duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os integrantes de seu núcleo político. Em seu discurso, o parlamentar classificou o ex-mandatário como “líder de um golpe covarde” e disse que o Brasil não será mais “refém de golpistas de farda ou de terno”.

As declarações de Couto ocorreram no dia do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da denúncia que pode transformar Bolsonaro e mais sete aliados em réus por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e danos ao patrimônio público.

“Hoje marca um momento decisivo para a Justiça e a democracia no Brasil. O relatório que foi apresentado não é apenas um documento jurídico. É a prova incontestável de uma traição, urdida nos porões do poder por um grupo de criminosos que, vestindo a máscara da autoridade, conspirou para destruir a democracia brasileira”, afirmou o deputado.

Luiz Couto ainda fez referência direta ao ataque de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Segundo ele, o ex-presidente usou o Estado como ferramenta de crime e incentivou o ódio que culminou na tentativa de golpe.

“Bolsonaro não é um político, é o líder do golpe, um homem que, cercado por generais, delegados e milicianos de colarinho branco, arquitetou um golpe covarde contra o povo brasileiro. Alimentou o ódio que culminou no terrorismo de 8 de janeiro”, declarou.

 

O deputado também atacou as alegações de que o STF não teria legitimidade para julgar o caso ou de que o ministro Alexandre de Moraes seria parcial. “Parcial é quem tenta calar a Constituição com tanques e togas sujas de sangue. Aos que ainda defendem esses criminosos, digo: acordem!”, completou.

Ao final do discurso, Luiz Couto fez um apelo à Justiça e enviou um recado aos acusados: “A história registrará o dia em que a Justiça brasileira enterrou de vez o pesadelo autoritário. Aos acusados, resta uma escolha: aceitem a culpa ou apodreçam na cadeia”.

Já o deputado Paulão (PT-AL), reforçou o discurso do colega e destacou que a tentativa de ruptura democrática teve apoio logístico, ideológico e financeiro desde antes do segundo turno da eleição de 2022.

“O Brasil e o mundo acompanham um dos maiores julgamentos da história. Trata-se de uma organização criminosa capitaneada por Bolsonaro e seu vice, o General Braga Netto. Cadeia nessa organização criminosa!”, afirmou.

Paulão lembrou que as ações golpistas começaram com a desconfiança sobre as urnas eletrônicas, se intensificaram com acampamentos em frente a quartéis e culminaram nos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023. “Houve até planejamento para explodir um caminhão-tanque no dia da posse do presidente Lula, além de ameaças de morte a ministros do STF”, completou.

Os deputados também se posicionaram contra qualquer possibilidade de anistia aos acusados. “Se houver anistia, será um mau exemplo para o Estado Democrático de Direito”, alertou Paulão.

O julgamento no STF começou nesta terça-feira (25), na Primeira Turma da Corte, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Leia mais: STF inicia julgamento de Jair Bolsonaro e núcleo próximo por tentativa de golpe de Estado

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