Agência Senado

Após impasse e atrasos, relatório do orçamento final pode ser votado na próxima semana

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento de 2025, anunciou que uma reunião fechada com os líderes partidários está agendada para esta terça-feira (11.03), às 14h, com o objetivo de finalizar um acordo sobre o texto do relatório. O Coronel destacou que ainda aguarda informações do governo para concluir o documento, que deve ser apresentado oficialmente na próxima semana.

Conforme o cronograma divulgado, o senador pretende apresentar o relatório no dia 18 de março. A partir dessa data, será aberto o prazo para a apresentação de destaques ao texto. A votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO) está prevista para o dia 19 de março. Caso o relatório seja aprovado na comissão, ele seguirá para votação em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal no mesmo dia. A data da votação em plenário será definida pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Um fator que pressiona pela rápida aprovação do orçamento é o fim dos mandatos dos atuais presidentes e relatores das comissões, que se encerram no dia 25 de março. Por isso, há um esforço entre senadores e deputados para acelerar o processo e garantir que o orçamento seja aprovado antes dessa data.

Outro desafio é a definição de itens específicos previstos no orçamento, mas que ainda não foram claramente detalhados. Um exemplo é o programa Pé de Meia, criado para incentivar a permanência de estudantes no ensino médio. Embora o programa tenha previsão orçamentária, sua execução demanda mais recursos do que o inicialmente estimado.

Além da reunião com os líderes partidários, está previsto para o início da tarde desta terça-feira (11) um encontro entre a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e representantes da Câmara dos Deputados. O governo articula apoio para garantir a aprovação do texto final sem maiores resistências.

A expectativa é que a votação do orçamento na próxima semana ocorra sem grandes impasses, especialmente diante do consenso entre os parlamentares sobre a necessidade de encerrar essa pauta antes da troca de comando das comissões.

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