A ONU Mulheres anunciou, nessa quinta-feira (13.03), sua adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa internacional criada durante a presidência do Brasil no G20 e que reúne mais de 170 membros entre governos, instituições e organizações para mobilizar recursos e acelerar a erradicação da fome e da pobreza no mundo. O anúncio foi feito em evento paralelo à 69ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher da ONU (CSW), em Nova Iorque.
O Brasil tem sido um dos principais atores no combate à fome e à pobreza, com programas reconhecidos internacionalmente, como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Durante o evento, a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Valéria Burity, destacou que essas iniciativas ajudaram a reduzir as desigualdades socioeconômicas e de gênero, garantindo alimentação para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade.
Com a adesão da ONU Mulheres à Aliança Global, a expectativa é que o Brasil fortaleça sua posição como exemplo de políticas eficazes, além de ampliar a troca de experiências com outros países e atrair novos investimentos para o setor social.
Um dos principais focos da Aliança Global é garantir que as ações de combate à fome e à pobreza considerem as desigualdades de gênero. No Brasil, as mulheres, especialmente as negras, indígenas e rurais, são as mais afetadas pela insegurança alimentar e pelo desemprego.
A diretora regional da ONU Mulheres para América Latina e Caribe, Maria Noel Vaeza, ressaltou que o impacto da pobreza sobre as mulheres é desproporcional e que é fundamental fortalecer políticas que garantam autonomia financeira e acesso à alimentação para esse grupo. "Precisamos trabalhar em conjunto. Esta plataforma serve como um mecanismo para unir os países comprometidos com a implementação de políticas com foco no combate à fome e à pobreza, com parceiros capazes de oferecer apoio técnico e financeiro", destacou.
Investimentos e ampliação de políticas públicas
A adesão da ONU Mulheres à Aliança Global também pode abrir caminho para novos investimentos internacionais em programas sociais brasileiros. Com a crescente preocupação global sobre o impacto da fome e da pobreza em mulheres e crianças, há um aumento no interesse de organismos internacionais e instituições filantrópicas em financiar iniciativas que promovam a equidade de gênero e garantam acesso a alimentos e renda para populações vulneráveis.
Além disso, a participação do Brasil na Aliança Global pode impulsionar a criação de novas políticas públicas, baseadas em experiências bem-sucedidas ao redor do mundo, adaptando-as à realidade brasileira.
Próximos passos e desafios
O compromisso agora é transformar essa adesão em ações concretas. O Brasil já conta com uma estrutura robusta de combate à fome, mas desafios persistem, como o aumento da insegurança alimentar em algumas regiões e a necessidade de garantir que os recursos cheguem às populações mais vulneráveis. (Com Gov.br)
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