13 de Março de 2025.

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Ministérios Quarta-feira, 12 de Março de 2025, 18:12 - A | A

Quarta-feira, 12 de Março de 2025, 18h:12 - A | A

Divisão interna no PT

Encontro entre Gleisi e Edinho Silva revela disputa pelo comando do partido

Gleisi afirmou estar de "portas" abertas para dialogar

Edina Araújo/Fatos de Brasília

No primeiro dia oficialmente à frente da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), a ministra Gleisi Hoffmann se reuniu, na terça-feira (11.03), com o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, nome preferido do presidente Lula para sucedê-la na Presidência do Partido dos Trabalhadores (PT). O encontro, que durou cerca de 40 minutos, trouxe à tona tensões internas no partido e revelou um racha em torno da possível indicação de Edinho para o comando petista.

De acordo com fontes internas, Gleisi Hoffmann teria se posicionado contra a escolha de Edinho para a Presidência do PT. A preocupação foi levada ao presidente Lula, com o argumento de que a condução de Edinho poderia gerar dificuldades internas e aprofundar as divisões entre as correntes partidárias. O episódio amplificou a crise interna e deixou explícita a disputa entre a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) e setores que resistem à ascensão de Edinho.

A CNB, ala majoritária no PT, chegou a divulgar uma nota em que afirma que a reunião com Lula buscava a "unidade" dentro do partido, mas acabou sendo interpretada como um instrumento de disputa interna. A nota reforça que as divergências são naturais, mas sugere que o encontro foi vazado para a imprensa com uma versão distorcida — de que o presidente Lula estaria reconsiderando o apoio a Edinho Silva, o que não corresponderia à realidade.
"O presidente Lula mantém seu apoio a Edinho Silva para a Presidência do PT. Não há sinalização de mudança nesse posicionamento", afirmou uma fonte próxima ao Palácio do Planalto.

A resistência à indicação de Edinho está diretamente ligada à disputa por cargos internos no partido, especialmente pela tesouraria, posição estratégica responsável pelo controle dos recursos do fundo partidário e eleitoral. Atualmente, o cargo é ocupado por Gleide Andrade, do PT de Minas Gerais, que conseguiu uma resolução permitindo que ela permaneça por mais um mandato — o terceiro consecutivo — contrariando as regras internas anteriores.
O grupo de Edinho, no entanto, já sinalizou que, caso ele assuma a Presidência do partido, fará uma reorganização nos cargos-chave, incluindo a tesouraria. Essa possível troca de comando tem gerado resistência e acirrado os ânimos entre os grupos rivais.

A intervenção de figuras influentes do partido, como o senador Humberto Costa e interlocutores do Palácio do Planalto, tem buscado conter a escalada da disputa e evitar que o embate interno se transforme em uma crise aberta. Entretanto, o desgaste é evidente, e o desfecho dessa disputa interna pode redefinir o equilíbrio de forças dentro do PT nos próximos anos.

Por enquanto, o nome de Edinho Silva segue respaldado por Lula, mas a resistência interna demonstra que o caminho para a Presidência do partido será marcado por disputas e articulações intensas nos bastidores.

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