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Presidência Terça-feira, 11 de Março de 2025, 16:48 - A | A

Terça-feira, 11 de Março de 2025, 16h:48 - A | A

Estudo

BNDES aponta desafios e soluções para a mobilidade urbana nas principais regiões metropolitanas do país

Foram identificados cerca de 400 projetos de mobilidade urbana de média ou alta capacidades.

Redação Fatos

O Boletim Informativo nº 3 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), revela avanços na análise da infraestrutura de transporte nas 21 maiores regiões metropolitanas do país. Com cerca de 40% da pesquisa concluída, já foram identificados 400 projetos de mobilidade, com um custo estimado que ultrapassa R$ 600 bilhões, valor significativamente maior que o déficit de R$ 300 bilhões estimado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O levantamento servirá de base para a criação do primeiro Banco de Projetos de Transporte Coletivo de Média e Alta Capacidade (TPC-MAC), que reunirá iniciativas prioritárias para melhorar a mobilidade urbana nessas regiões. Entre as soluções consideradas estão trens, metrôs, veículos leves sobre trilhos (VLT) e ônibus de trânsito rápido (BRT).

Impacto e objetivos do estudo

A diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacou a importância do diagnóstico para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras.

“Quando finalizarmos esse estudo, teremos um panorama que auxiliará na construção de um futuro mais sustentável para nossas cidades”, afirmou Costa.

Ela também ressaltou que a mobilidade urbana eficiente é uma prioridade do governo federal, enfatizando que a redução do tempo de deslocamento entre casa e trabalho não apenas melhora a qualidade de vida, mas também contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Como parte do estudo, especialistas contratados avaliam criticamente os projetos identificados. O objetivo é verificar se os investimentos propostos atendem à demanda de transporte projetada para os próximos 30 anos e se há sobreposição ou defasagem nas propostas.

A análise das 21 regiões metropolitanas deve ser concluída entre abril e junho, com a publicação do relatório final prevista para dezembro. Até lá, serão divulgadas atualizações periódicas sobre os projetos priorizados.

Principais descobertas

O estudo oferece uma visão detalhada da mobilidade urbana no país, incluindo aspectos como planejamento, transparência, abrangência do transporte público, integração tarifária, emissões de poluentes e segurança no trânsito.

Uma das constatações do levantamento é que apenas três regiões metropolitanas tratam o transporte público de forma plenamente integrada: Goiânia (GO), Grande Vitória (ES) e Recife (PE). Nessas cidades, os governos estadual e municipal atuam em conjunto, permitindo, por exemplo, a cobrança de uma tarifa única para toda a rede de transporte.

Outro destaque é a transparência na divulgação de dados operacionais. Apenas São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) disponibilizam informações completas sobre o sistema de transporte coletivo em plataformas online.

No caso do Rio de Janeiro (RJ), foi identificado que a cidade tem a maior cobertura de transporte público de média e alta capacidade entre as regiões estudadas. Mais de 30% da população reside a menos de 1 km de estações de transporte coletivo, garantindo maior acessibilidade ao sistema.

Referências internacionais e próximos passos
O boletim também apresenta exemplos internacionais de boas práticas em mobilidade urbana. Nesta edição, o foco foi a região metropolitana de Nova Iorque (EUA), que conta com uma agência responsável por coordenar todo o sistema de transporte público. A experiência norte-americana pode servir de inspiração para aperfeiçoar o planejamento e a gestão do transporte coletivo no Brasil.

O estudo abrange as seguintes regiões metropolitanas: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.

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