Fotos: Reprodução/ TV senado

CPMI dos atos antidemocráticos avança no Congresso

Nesta quarta-feira (26.04), o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), realizou a leitura do pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que visa investigar os atos antidemocráticos ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

A leitura do requerimento em sessão conjunta de deputados e senadores era etapa necessária para dar seguimento ao processo de instauração da comissão, a qual terá como objetivo apurar as circunstâncias e responsabilidades relacionadas aos atos.

Com a leitura do pedido concluída, a CPMI é formalmente criada e o próximo passo é a indicação dos 16 senadores e 16 deputados titulares que irão compor a comissão. Após a leitura o senador solicitou aos líderes partidários que realizem as indicações.

“A Presidência solicita aos senhores e senhoras líderes que indiquem os nomes dos membros dos partidos e blocos para integrarem a referida comissão de acordo com a proporcionalidade que será enviada, após publicação, às lideranças das Casas legislativas”, disse Pacheco.

O governo era resistente à instauração da CPMI, por entender que poderia atrapalhar as votações que considera importantes neste inicio de gestão.

No entanto, a divulgação das imagens do circuito interno do Palácio em que o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, aparece interagindo com os golpistas, mudou o cenário. A partir desse momento, o Planalto entendeu que a instauração da CPMI se tornaria inevitável.

Dessa forma, o governo tem se empenhado para garantir não apenas a maioria, mas também os principais postos da comissão para ter maior controle sobre as investigações. A escolha dos membros que vão compor a comissão é vista como estratégica e pode ser determinante para o sucesso ou fracasso na CPMI.

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