11 de Março de 2025.

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Política Terça-feira, 04 de Março de 2025, 14:17 - A | A

Terça-feira, 04 de Março de 2025, 14h:17 - A | A

NOVA INTERLOCUTORA

Desafios de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais diante de resistências

O desafio de Gleisi Hoffmann será adotar um tom agregador

Edina Araújo/Fatos de Brasília

A escolha de Gleisi Hoffmann (PT) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais do governo do presidente Lula gerou uma reação imediata entre os partidos do Centrão e da centro-direita. As articulações que antecederam essa decisão evidenciaram a insatisfação dentro dessas legendas, que esperavam um nome mais alinhado às suas bases políticas.

A análise de bastidores em Brasília, revela que a indicação de Gleisi não foi bem recebida por setores do MDB e de outros partidos do Centrão. O deputado Isnaldo Bulhões, líder do MDB na Câmara e um dos principais cotados para ocupar a pasta, chegou a ser procurado por lideranças para esclarecer sua conversa com a presidente do PT.

Segundo informações de bastidores, Gleisi, em tom conciliador, reconheceu que Isnaldo poderia representar uma opção mais abrangente para a coalizão governista, considerando seu trânsito mais fácil entre diferentes grupos políticos. Contudo, foi Gleisi que Lula escolheu.

O grande desafio é saber se Gleisi conseguirá desempenhar esse novo papel, se distanciando de seu histórico combativo, intensificado desde o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Durante a campanha de 2022, a deputada foi peça-chave na articulação de alianças cruciais para a eleição de Lula, porém, nos bastidores, avaliam que assumir um papel de negociação e pacificação dentro do governo representa uma nova e complexa missão.

A resistência à sua nomeação não se restringe ao Centrão. Dentro do próprio PT, diferentes correntes interpretam a escolha de maneiras distintas. O partido, conhecido por suas divisões internas, enfrenta agora um possível novo embate entre os grupos ligados a Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda). A entrada de Gleisi no governo pode consolidar uma terceira frente de poder petista, algo que já preocupa alguns dirigentes.

No tabuleiro político, a nomeação de Gleisi também pressiona o governo a oferecer compensações ao Centrão, para evitar um distanciamento ainda maior. Lula precisará definir, logo após o Carnaval, avaliam aliados, como acomodar os partidos insatisfeitos com a escolha. A distribuição de ministérios e cargos estratégicos está entre as possibilidades, mas ainda não há uma definição clara sobre como isso será conduzido.

Entre os nomes cotados para lideranças dentro do governo, com o objetivo de minimizar as tensões, está o próprio Isnaldo Bulhões. No entanto, há incertezas sobre sua aceitação, após ter sido preterido para o ministério. Outros nomes em discussão incluem Aguinaldo Ribeiro (PP), que desempenhou papel fundamental na reforma tributária, mas que prefere se manter na liderança da bancada do partido.

A próxima fase da reforma ministerial de Lula exigirá equilíbrio entre interesses diversos e diminuir atritos, tanto dentro do PT quanto com os aliados. O desafio de Gleisi Hoffmann será adotar um tom agregador — algo que, segundo lideranças do MDB e do Centrão, será essencial para evitar um afastamento ainda maior entre o governo e o Congresso. Entretanto, aliados questionam se ela conseguirá, de fato, se adequar a esse novo papel ou se sua nomeação se tornará mais um fator de tensão na base aliada.

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