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Ministérios Terça-feira, 13 de Junho de 2023, 10:22 - A | A

Terça-feira, 13 de Junho de 2023, 10h:22 - A | A

"graves problemas"

Ministro da Educação aponta problemas na implementação do Novo Ensino Médio

Camilo Santana afirmou durante entrevista ao programa Roda Viva, nessa segunda-feira (12.06)

Giovanna Bitencourt/Fatos de Brasília

O ministro da Educação, Camilo Santana,  em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda-feira (12.06), expressou preocupações sobre a projeção e implementação do Novo Ensino Médio. Santana destacou que foram identificados graves problemas no novo modelo, como questões relacionadas à infraestrutura, formação de professores e execução das mudanças propostas.

O ministro afirmou que o Governo Federal apresentará uma nova proposta para o ensino médio, porém, ainda não foi decidido se será por meio de um projeto de lei ou medida provisória.

Santana ressaltou que a aprovação do Novo Ensino Médio ocorreu em 2017 e foi elaborada durante o período de transição do governo anterior. Ele enfatizou que a orientação foi promover um amplo debate e consulta popular para avaliação das mudanças. Uma das primeiras medidas adotadas como ministro foi a reestruturação do Ministério da Educação, pois, de acordo com Santana, a área sofreu um grande desmonte durante o governo anterior.

Ao ser questionado sobre a existência de um consenso entre alunos, estudantes e a população em relação ao Novo Ensino Médio, o ministro mostrou-se otimista. Ele ressaltou que não é viável deixar o ensino médio como estava antes da reforma e que é necessário apresentar novas mudanças rapidamente, levando em consideração todos os Estados brasileiros.

"Não acho que deixar como estava [antes da reforma] seja uma opção viável. Precisamos apresentar as mudanças necessárias. Estamos ouvindo os estudantes de todos os estados brasileiros. Será lançada uma consulta pública e, a partir disso, encaminharemos uma proposta", afirmou.

O ministro explicou que as alterações no modelo serão avaliadas em conjunto com o presidente Lula e o Congresso Nacional. Santana destacou que serão discutidas diversas ações que podem ser implementadas por meio de portarias e decretos.

Ele acrescentou que a implementação do Novo Ensino Médio foi equivocada, assim como a redução da carga horária da base comum curricular. Segundo Santana, ocorreram diversas falhas, como o tempo, visto que, segundo o ministro, seria impossível implementar o novo modelo em apenas três anos.

Camilo Santana ressaltou outras falhas no projeto, como a formação dos professores e a melhoria da infraestrutura das escolas. Ele destacou a necessidade de priorizar a estrutura das escolas, considerando que muitas delas não possuem banheiros ou energia elétrica, além de investir na formação dos docentes.

"O primeiro equívoco foi o prazo, por ser impossível realizar em 3 anos. Além disso, é preciso formar os professores e melhorar a infraestrutura das escolas. Existem escolas no Brasil sem banheiro e sem energia, e essa questão precisa ser abordada", explicou o ministro.

 

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